segunda-feira, 17 de maio de 2010

'Monólogos de Caio: medo'

Tenho medo, alías, quem não tem? Tenho medo da verdade. Do ontem e do amanhã, do hoje não, ele é muito recente. De ser só "aquele amigo". De me declarar para a pessoa que desejo. De perdê-la para outra. De me impor. De ser substituído. De amar. De abrir o coração e ele ser despedaçado novamente. De adoecer e não poder viver do jeito que quero. Medo de envelhecer e ver que a minha juventude foi jogada como cinzas ao vento. Medo de escrever alguma besteira. De tomar a decisão certa, mesmo sabendo ela é a errada. Medo de errar. De decepcionar quem amo, principalmente aquele, que vai viver comigo enquanto o destino desejar. Medo da morte, não sei o que virá depois dela, não sei se vou para o purgatório ou para o paraíso. Medo de ficar com as pessoas erradas e descartar as boas. Medo do mundo, do aquecimento global, do capitalismo e das pessoas egoístas. Medo da vida! De viver rápido demais e morrer jovem. Medo de ficar sozinho, virar um velho mal humorado, gordo e que só sabe reclamar da vida. Medo do amor, aquele sentimento que te cega e o deixa fazer as piores merdas, Mas, ainda quero amar. E por último, medo da minha mente. Do que ela pode me fazer pensar, ver, sentir... Desejar.

Nenhum comentário: