domingo, 20 de setembro de 2009

'Bla Bla Bla'

Ansiedade. Esse sentimento traduz o que está por vir. Quando olho para frente vejo um mundo de sonhos no futuro. Vejo-me passando na faculdade, começando meu curso de italiano tão desejado, um outro de fotografia para 'quebrar o galho', e o que eu mais desejo, minha vaga num editorial da Vogue. Sei que isso só apenas desejos e sonhos no momento, mas do que seria o futuro sem isso? Uma vida vazia, provavelmente. Tudo bem que deixar a vida ditar as regras possa ser um tanto quanto, excitante. Mas quem sobrevive sem uma base formada por planos? Querer é poder, e o último lugar que quero estar é num trabalho que não venha me satisfazer profissionalmente, mesmo podendo ganhar 'rios de dinheiro'. Insano? Sim, por que não?

domingo, 13 de setembro de 2009

'I Wanna Be Sick Boy'

Preparo um pico. Pego um elástico e faço um torniquete. Penso na merda que estou fazendo, na besteira que me envolvi nesses últimos anos. Primeiro era apenas cigarro: um maço a cada semana, depois a maconha, apenas quando saia com meus amigos insanos - amigos não seria a palavra que meus pais escolheriam pra eles, e sim, diabretes. Quando a verdinha parou de fazer efeito, já pulei pro pó. É mal de família, todos drogados, mas em segredo. Ninguém se atreve a levantar um dedo a respeito do vício do outro. No final, acaba sendo uma sociedade - em que cada um concede a sua parcela para a compra e depois é só sorrisos e gritos. Gritos sim, por quê não? A brisa é boa, na verdade, deixa qualquer orgasmo no chinelo. Porém, como toda a coisa boa possui o seu lado ruim, a dor acompanha o prazer. É uma troca justa, ninguém ousa concordar comigo, nem os mais viciados. Mas, a dor é um modo de pagar pelo errado, pelo pecado que o próprio ser humano criou. A heroína está pronta, fecho os olhos lentamente, nunca fui fã de agulhas - mesmo tendo um pai costureiro e uma mãe rendeira. Isso é o que chamo de aborto. A picada sempre é agonizante, quase tudo, puxo um pouco de sangue e depois pressiono com vontade - mesmo sabendo que terei a mesma sensação amanhã. Sinto-me como um deus: nada me afeta, nada me incomoda, nada me aflige. Sinto uma vontade desvairada de gritar pelos cantos da casa. Sinto o sangue correr pelas minhas veias. Sinto a liberdade de um pássaro livre no céu. Não dura muito e o pânico me envolve - vejo-me sozinho, em um canto qualquer, me sentindo aquela boneca velha em que a dona abandona depois de um certo tempo. Certa ela, não sou algo que possa trazer orgulho, sou o problema em pessoa. Mas confesso, não levo ninguém comigo. Sim, sou camarada, mesmo sendo drogado. Essa é a diferença entre o verdadeiro viciado e o que está começando: o verdadeiro não liga para os outros, enquanto o que está começando, quer levar os amigos com ele.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

'Dead And Gone'

Saudade de poder desabafar aqui. Esse mês ficou complicado, tive um monte de coisas para entregar e acabei sem tempo para postar. Na verdade, a libertinagem reinou, pois eu tinha dois livros para ler, sendo que o primeiro parei na metade e o segundo nem comecei, mas os dois valem a pena, o que impede mesmo é a preguiça. Estava fazendo um balanço geral das coisas e cheguei a conclusão que Agosto não é tão ruim assim. Se levar em consideração a ida do meu avô, ele se torna ruim, mas se for avaliar pelos últimos três anos, tudo que aconteceu em Agosto, mudou meu jeito, minha personalidade e outras coisas. Me surpreendi, coloquei metas na minha vida. Virei rebelde e falei para a minha mãe que não quero prestar Fuvest. Posso conseguir os 64 pontos, mas não me garanto com 50 pessoas concorrendo a mesma vaga. E fora que depois do que a minha prima contou, eu desisti mesmo. Enfim, prestarei apenas Cásper e Anhembi. Se passar, passei. Caso contrário não farei tempestade em copo d'água. A vida nunca mostrou-se justa, não vai ser agora que vai começar a ser. Por hoje é só, preciso estudar Cálculos Estequiométricos ainda. Um beso